15.6.10

 

«A propósito das comemorações do 25.º aniversário da adesão de Portugal à CEE, o Diário de Notícias cumpriu a sua obrigação - foi ouvir um dos nomes que os portugueses mais associam à efeméride: Pedro Santana Lopes.
Num artigo de opinião (aparentemente sem link, a História continua a ser injusta com Santana), escreve que, nessa altura, "ainda se discutia, inclusive em Portugal, se devia ser construída a auto-estrada Lisboa-Madrid. Mas os espanhóis já a iam fazendo até Badajoz e nós acabámo-la, à pressa, dez anos mais tarde, por causa da Expo'98".
Ora aí está uma daquelas história que o dr. Santana Lopes poderia contar aos comparsas do PSD sempre que se fala, por exemplo, de Alta Velocidade.»

 

Câmara Corporativa

 

É verdade, um Abrantes nunca ataca por acaso. Aparentemente deviam estar a lamber as botas a Pedro Santana Lopes, para que este seja candidato e para que desse modo consiga puxar Cavaco Silva para uma segunda volta com Manuel Alegre, primeiro candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda, e agora pelo PS e pelo governo. Mas na verdade a segunda volta não interessa nem ao PS nem ao governo, até porque sabem que não será Manuel Alegre o candidato que irá defrontar Cavaco Silva na segunda volta. A isto se chama, lá na minha terra, "cagufa".

link do postPor João Gomes de Almeida, às 17:17  ver comentários (1) comentar

 

«Sabem quantos candidatos houve na 1ª volta das eleições presidenciais, em França, em 2007? DOZE CANDIDATOS, quatro dos quais de Direita. Passaram à 2ª volta, um de Direita, outro de Esquerda.
E em 2002, sabem quantos concorreram? QUINZE CANDIDATOS, sete dos quais de direita ou extrema - direita. Sabem quem passou à segunda volta? Um de Direita e outro de extrema - direita. Como os Socialistas estavam "mal vistos" pela acção do Governo, Lionel Jospin foi afastado na primeira volta.»

(...)

«Em França, cujo sistema de governo inspirou o nosso, do que não há memória é de uma só candidatura, na 1ª volta, de um lado ou de outro do espectro partidário.»

 

Isto foi o que Pedro Santana Lopes*, ex-primeiro-ministro, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e ex-presidente do PSD, escreveu ontem (algumas horas depois do meu texto) no seu blogue pessoal, onde tem vindo a especular sobre a necessidade de haver mais uma candidatura de direita à Presidência da República Portuguesa. A confirmar-se esta vontade e havendo um verdadeiro apoio por parte dos sectores de direita mais católicos e conservadores, PSL corre o sério risco de roubar a primeira volta a Cavaco Silva.

Ao mesmo tempo que a direita se vai partindo, a esquerda partidária parece preocupada. Com a divisão de votos à esquerda só mesmo Carvalho da Silva pode salvar o PCP de um péssimo resultado eleitoral, já Manuel Alegre aparenta estar cada vez mais perdido na sua gestão de agenda mediática entre o programa de acção do Bloco de Esquerda e a agenda do governo - certo está que o milhão de votos da cidadania, estão pouco a pouco a serem transferidos para Fernando Nobre - este sim verdadeiramente apartidário, transversal e com experiência na cidadania.

A confirmar-se este cenário só podemos concluir que Cavaco Silva está cada vez mais próximo de uma segunda volta e Manuel Alegre cada vez mais longe da mesma. Pela primeira vez uma candidatura independente pode estragar as contas ao cacique dos partidos.

 

PS - Já agora não sei se nenhum jornalista por aí reparou, mas alguém já registou um domínio (.net) com o nome de Pedro Santana Lopes (estando o site em branco). Será um sinal que nos bastidores já se prepara um campanha eleitoral?

link do postPor João Gomes de Almeida, às 13:22  ver comentários (1) comentar

O candidato apartidário assinalou que «o artigo 13.º da constituição garante a igualdade de direitos e deveres dos cidadãos portugueses em todo o território nacional» pelo que ao introduzir portagens em apenas algumas SCUT, está-se a «introduzir uma discriminação negativa a uma zona do País».

«Se implementarmos portagens nas SCUT do país que o façamos em todas as SCUT. Não há razão nenhuma para só fazermos pagar algumas e outras não», salientou.

 

Via Jornal Sol

link do postPor João Gomes de Almeida, às 11:12  comentar

 

Poucos meses antes de Santana Lopes ser nomeado primeiro-ministro por Jorge Sampaio ninguém o esperava, poucos meses antes de Pedro Santana Lopes sair da sua travessia no deserto e ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa, também ninguém o esperava. PSL é um jogador, sem medo do risco, e que sabe que o seu maior trunfo é jogar sempre na antecipação. Foi por estar sempre disponível para novos combates que PSL foi sobrevivendo, assim foi na Figueira da Foz, depois na primeira candidatura a Lisboa, e ainda quando Durão Barroso fugiu para Estrasburgo.

 

PSL nunca teve medo e chegou-se sempre à frente. Por norma as pessoas gostam desta atitude de coragem e até votam nele. Quando não votam, como aconteceu na sua última batalha eleitoral, PSL levanta-se e segue em frente, para uma próxima. Sempre assim foi e não me parece que PSL queira parar.

 

Para voltar a existir politicamente PSL sabe que precisa de aparecer na cena nacional. E como e quando é que o pode fazer? Afrontando um PSD finalmente unido e aparentemente fiel a Passos Coelho? Insistindo na batalha perdida pela Câmara Municipal de Lisboa, que ainda por cima só irá a eleições daqui a três anos e tal? Ou forçando Cavaco Silva a uma segunda volta nas presidenciais, ainda por cima num cenário onde são notórias as discordâncias entre o líder do partido e o candidato a presidente?

 

A sondagem do Expresso fala por si: à direita de Cavaco, PSL é o melhor posicionado nas sondagens. Conta ainda com os católicos descontentes com as promulgações do Presidente e sabe bem que não há palco mais mediático na cena política nacional do que o de candidato a Presidente da República. Em suma, PSL não tem nada a perder em ser candidato à P.R.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 14:57  comentar

«Mas, ao contrário de outros senadores da direita, Bagão Félix encara agora "com naturalidade" a existência de uma segunda candidatura na primeira volta das presidenciais. A de Santana Lopes ou outra. Sobre a eventual candidatura de Santana Lopes, considera-a "uma hipótese teórica", mas vai avisando que "se isso acontecer tem de ser encarado com naturalidade e não como uma heresia".»

 

(...)

 

«Interrogado pelo i sobre se admitia apoiar uma eventual candidatura presidencial de Santana Lopes, Bagão Félix adia a decisão: "Se ele se candidatar, logo veremos." Mas vai avisando que a existir, "em tese", uma segunda candidatura à direita "tem de ser vista de uma perspectiva inteligente" e "não pode ser apenas uma reacção a um diploma que foi promulgado".»

 

(...)

 

«Na sondagem recente do Expresso/SIC/Rádio Renascença, Santana Lopes era a personalidade da direita mais bem colocada para avançar com uma candidatura presidencial alternativa à de Cavaco Silva. Apesar da grande maioria dos portugueses acreditar que o actual Presidente da República se vai recandidatar e ser reeleito (67,3%), o nome mais bem colocado para assumir uma candidatura alternativa à direita é o de Santana Lopes (25,6%), seguido pelo ex-líder do CDS, Adriano Moreira (23,5%). Na sondagem, Paulo Portas, com 10,8%, ficava em terceiro lugar e Bagão Félix, com 9,8%, em quarto.»

 

(...)

 

«No seu último artigo no "Sol", na sexta-feira, Santana reafirmou que "as primeiras voltas de eleições servem para que se possam apresentar e ser debatidas as diferentes posições que existam numa sociedade pluralista. O tempo dos condicionamentos do MFA já passou. Ou não?". Até Julho, como defende o próprio, o assunto deve ficar resolvido.»

 

Tudo isto no jornal i

link do postPor João Gomes de Almeida, às 14:46  comentar

8.6.10

«Em minha opinião, o que Marcelo Rebelo de Sousa disse sobre a certeza de uma derrota de Cavaco Silva numa segunda volta das eleições presidenciais, é muito desagradável para o actual Presidente da República. 

Com efeito, dizer que Cavaco Silva, se for sózinho com Manuel Alegre, perde, é muito forte. É a maior crítica que se pode fazer a um candidato: só ganha se não for mais ninguém da sua área política. 
É que há segunda volta nas eleições presidenciais exactamente para poderem ir à primeira volta os que sentirem que o devem fazer.

Em França, Dominique Villepin, ex Primeiro - Ministro de Jacques Chirac, deverá ser candidato na área de Sarkozy. Como sempre aconteceu, "à direita" e "à esquerda":Giscard D Éstaing, Jacques Chirac, Raymond Barre, François Miterrand, Georges Marchais e vários outros. Como Marcelo bem sabe.»

 

Santana Lopes, no seu blogue

link do postPor João Gomes de Almeida, às 13:44  comentar

4.6.10

"Sinceramente, não acredito que a reacção do Pedro Santana Lopes, de quem gosto muito pessoalmente e que não quero que fique zangado comigo, não tenha subjacente algum agastamento em relação a atitudes passadas do professor Cavaco Silva. Mas cometo a justiça de dizer que ele e muitos católicos têm uma base para estarem descontentes. Agora andar com uma candeia à procura de uma candidatura alternativa acho um disparate monumental, que só redundava em benefício da candidatura de esquerda."

 

António Capucho, ao jornal i

link do postPor João Gomes de Almeida, às 14:43  comentar

2.6.10

"Depois, como qualquer pessoa, sei quem são os inimigos daquilo em que acredito, daquilo por que me bato. Isso não me chega para votar cegamente em quem se apresente contra esses cidadãos. Porque quem se apresente assim, se não for digno da minha adesão convicta, não tem o meu voto. Não sei fechar os olhos, como recomendava Cunhal, e pôr uma cruz no mal menor. E não sei fazer isso por uma razão simples: o meu voto é isso mesmo: meu. Custou a muita gente conquistar essa coisa de me dirigir a uma urna e votar com convicção, de forma pessoal e intransmissível, em quem ou em que Partido entender. Não concebo o voto, o meu voto, funcionalizado a uma estratégia, desligado de qualquer emocionalidade, cego a convicções políticas e ideológicas. Não vendo, não trespasso e não prostituo o meu voto. É assim mesmo: é meu. Não voto útil, portanto, ninguém escraviza o meu voto, pois ainda hoje me ecoa a frase que ouvi quando era pequena e que decidi manter pela vida fora, concretamente nestes momentos de escolha: o voto útil só é útil para quem o recebe. Não votarei em Manuel Alegre."

 

Isabel Moreira, no Jugular.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 11:08  comentar

 

uma reunião da Comissão Política da candidatura de Manuel Alegre. De um lado Ricardo Rodrigues a discutir com João Semedo a mobilização dos aparelhos, um pouco mais à frente Miguel Portas e Fernanda Câncio a discutirem a estratégia de ataque à imprensa, mesmo ao lado o Pedro Sales e a malta do Câmara Corporativa a definirem as linhas de acção na blogosfera. Na cabeceira Manuel Alegre a suspirar, José Sócrates a enviar mensagens escritas a Pedro Silva Pereira e Francisco Louçã a escrever um post no facebook a atacar o governo. À porta da reunião Augusto Santos Silva garante que ninguém entra, enquanto Fernando Rosas fuma o seu cachimbo, visto Sócrates não o deixar violar a lei do tabaco. Pelo meio aparece a malta da Renovação Comunista para enrolar umas bandeiras, a malta do Ruptura para coagir Sócrates, a malta do PS para coagir o Ruptura e a malta do MIC que agora é obrigada a ficar à porta, visto tratar-se de uma candidatura partidária.

mas ainda alguém questiona que esta é a candidatura da cidadania?

link do postPor João Gomes de Almeida, às 10:00  comentar

link do postPor João Gomes de Almeida, às 05:07  comentar

«Portugal precisa de um Presidente mobilizador, com uma leitura dinâmica da Constituição da República, que exerça os seus poderes e leia os seus poderes de um modo que leve os outros órgãos do Estado a sentirem-se exaltados e motivados para trabalhar em conjunto por um projecto nacional».

 

Pedro Santana Lopes, em entrevista, resumida sumariamente aqui

 

via João Villalobos

link do postPor João Gomes de Almeida, às 04:24  comentar

1.6.10

"o apoio do PS – decidido na Comissão Nacional, no Domingo – à candidatura presidencial de Manuel Alegre (nesta reunião escapou-me um pormenor: como é que uma votação envolvendo um nome é feita por braço no ar). Penso que à actual direcção do PS não lhe restava outra alternativa. Os dados estavam lançados há muito tempo e o PS amarrado a Alegre, desde há muito tempo, nas presidenciais. José Sócrates teve o mérito de impedir uma profunda clivagem no interior do partido, ao apoiar o poeta, sem deixar de se distanciar do apoio concedido.

A partir de agora, a batata quente passou para as mãos do candidato que tanto se empenhou na «frente popular» entre a extrema-esquerda e o socialismo democrático, uma quimera provavelmente ainda de origem argelina. Durante os próximos seis meses, Manuel Alegre vai andar num rodopio, em bolandas entre os apelos de Louçã contra os «banqueiros e os capitalistas sanguessugas» e as medidas de austeridade do governo a atingirem também os desempregados. Será um autêntico cata-vento, sem coerência, sem estratégia, sem rumo.

Mas, nesta novela «presidencial», em que o PS se deixou envolver, o mais relevante, é o facto de Manuel Alegre, deputado do PS durante 34 anos, se ter disponibilizado para protagonizar a estratégia política do BE, mil vezes confessada: crescer eleitoralmente à custa de uma derrocada do PS. Neste golpe eu não alinho. Se não aparecer outro candidato, escolho o mal menor: voto Fernando Nobre."

 

Ver tudo aqui.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 14:18  comentar

25.5.10



 

Nobre disse, aliás, não ser "por acaso" que iniciou a apresentação dos mandatários para a juventude, em que foi aconselhado pelos filhos a convidar o humorista Nilton. 

"É uma demonstração e sinal inequívocos do interesse e preocupação que sinto pelo futuro da nossa juventude, que se considera hoje traída e que já é fustigada pela descrença, desesperança e pelo desemprego", afirmou. 

Para Nilton, ser mandatário de Fernando Nobre não é envolver-se em política, mas "numa causa", reconhecendo no presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) um "filantropo, que não baixa os braços". 

Fernando Nobre reiterou que a sua candidatura é para levar até ao fim e comprometeu-se a "lutar pela vitória". 

"Conseguiremos sair do túnel sem fim, onde há décadas, senão há séculos, de desenrascanço e de 'chico espertismo', de má gestão coletiva e pessoal, onde nos mergulharam, onde nos mergulhámos", declarou.

 

LUSA

link do postPor João Gomes de Almeida, às 23:05  comentar

22.4.10

Gosto muito destas análises que o Pedro Correia tem feito no Albergue Espanhol, e note-se que até acertou numa delas, falo de Fernando Nobre - no qual até vou votar. Decidi então encarnar o estimado alberguista e dar uma sugestão.

 

 

D. Duarte de Bragança

 

Nasceu na embaixada de Portugal em Berna, devido ao exílio da sua família, provocado pela lei do banimento, que proibia os descentes do Rei D. Carlos de pisarem o solo português. Os seus padrinhos de nascimento foram a rainha-viúva D. Amélia e o Papa Pio XII. Em 1950 a sua família foi autorizada a regressar a Portugal, aqui estudou em dois colégios jesuítas e mais tarde no Colégio Militar, licenciou-se pelo ISA em Engenharia Agrónoma e pós-graduou-se na Universidade de Genebra. Foi Tenente-Piloto da Força Aérea Portuguesa e combateu em Angola, de onde foi expulso por ordens de Marcello Caetano, após ter tentado organizar um lista independente de candidatos à Assembleia Nacional.

Em 1974 demonstrou o maior apoio dos monárquicos à revolução de Abril. Em 1987 foi o principal organizador da campanha "Timor 87", juntamente com Maria Cavaco Silva e João Soares, entre outros. Actualmente dirige a fundação D. Manuel II e é Presidente Honorário do Instituto da Democracia Portuguesa.

 

Prós - D. Duarte de Bragança teria obviamente o apoio dos monárquicos portugueses, onde se contam várias personalidades influentes da vida política, cultural e social portuguesa, tais como Paulo Teixeira Pinto, Miguel Esteves Cardoso, João Braga, José Cid, Pedro Mota Soares, Virgílio Castelo, Nicolau Breyner, Ruy de Carvalho, Pedro Ayres de Magalhães, General Vasco Rocha Vieira, Gonçalo Ribeiro Teles e Fernando Carvalho Rodrigues, entre outros - o que lhe daria uma enorme facilidade logística e de financiamento. Teria ainda o apoio deste novo PPM, muito provavelmente do MPT e de vários sectores do PS, CDS e PSD. Ao contrário de Manuel Alegre poderia ser o verdadeiro candidato da sociedade civil, visto sempre ter estado preocupado com ela e nunca ter estado nos partidos. Poderia ser o verdadeiro árbitro do sistema, sem nunca ter sido um jogador do mesmo.

 

Contras - Os candidatos republicanos irão acusar D. Duarte de Bragança de querer ser rei na república. Muitos interesses instalados iriam mobilizar-se contra esta candidatura, visto não estarem interessados em terem alguém fora do sistema em Belém. Por fim, muitos monárquicos iriam ser muito cépticos a este avanço na sua causa.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 18:03  comentar

16.1.10

 

Pelo menos espero eu. Que triste será o país se tiver que escolher entre o cinzentismo de Cavaco Silva e a proximidade à extrema-esquerda de Manuel Alegre.

Como alguém lembrava há pouco tempo, pelo menos o CDS de Paulo Portas tem como tradição ser anti-Cavaco. Para reforçar esta ideia basta verificarmos que nas últimas presidenciais o presidente do partido era Ribeiro e Castro. E agora? O que Portas irá fazer?

Penso que ninguém sabe bem. Mas o CDS tem a responsabilidade de honrar o seu resultado eleitoral nas legislativas e apresentar uma terceira via ao eleitorado português. Trata-se de um ponto de honra.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 16:10  comentar

11.11.09

Pedro Correia juntou as peças. ou seja, as declarações de altos quadros do partido socialista e as recentes iniciativas do actual presidente da assembleia da república. juntou as peças e lançou o nome de Jaime Gama como alternativa à candidatura de Manuel Alegre à presidencia da república - isto não me parece de todo descabido.

o ps está encurralado quanto às presidênciais. de um lado está um Manuel Alegre bem comportado e bem visto pela esquerda à esquerda do partido do governo, do outro um PSD onde ainda não se sabe se Cavaco se recandidata - uns dizem que por medo, outros que por doença.

e se Cavaco efectivamente não for candidato? abre as portas a Marcelo, mas Marcelo não ia ser presidente do partido? e se Marcelo não for presidente do partido abre as portas a Passos Coelho, e será que Passos Coelho quer Marcelo como pr? está aberta a confusão.

a direita está ainda mais encurralada do que o PS. perante isto acho que nos deviamos lembrar do que se passou com Freitas do Amaral. não fará sentido o CDS jogar na antecipação e lançar um pré-candidato à pr? falo de um Pires de Lima, jovem e liberal - que certamente contaria com a simpatia de Passos Coelho, possível futuro presidente do PSD, jovem e liberal.

e esta?

link do postPor João Gomes de Almeida, às 15:13  comentar


Ana Anes

Ana Anes nasceu em Lisboa a 2 de Abril de 1973, com o cordão umbilical bem preso no pescoço. Pode-se dizer que é uma sobrevivente (alegre) e, como tal, decidiu festejar a vida com um carácter irreverente, livre de constrangimentos e da opinião alheia, com uma faceta “bombista-literária” em que não se levando a sério - porque a vida já é demasiado pesada por si mesma...
Tem dois livros publicados, e já escreveu em vários órgãos de imprensa, como O Independente, Destak, DNA, Maxmen, Correio da Manhã e Playboy. Os seus blogues já deram muito que falar.
Ana Santiago

Primeiro queria ser médica de autópsias, depois teve a mania de ser jornalista e apaixonou-se pela rádio, acabou por dedicar-se ao serviço público e vive uma relação passional com Lisboa, como sede no poder local, onde editou a Agenda Cultural.
Licenciada em Comunicação, resignou-se ao facto de pouco mais saber fazer na vida do que comunicar, de manhã à noite, com toda a gente e, se mais ninguém houver por perto, com ela mesma. Acredita que é com o coração.
Cátia Simão

Foi em véspera de uma Sexta-Feira 13 de Setembro que sua mãe conheceu o rosto enrugado e percebeu que não era o David (sobre o qual) tanto conversara durante 9 meses. Daí para a frente foi muitos nomes a até se assentar como Cátia. Cresceu pensando que iria ser modista, mas não tinha muito jeito para fazer costuras e braguilhas. Virou-se para a arqueologia e seguiu outro caminho, a música, os filmes e a rádio. Seguiu-se dos seus amores de garota. Ainda hoje procura as agulhas do seu giradiscos portátil na bainha de um vestido rosa da moda. É muito feliz e gosta de sorrir.
Cláudia Köver

Tem os ensinamentos anglo-saxónicos cravados nas sardas e o amor às artes nas pontas dos dedos. O gosto pela manta das Relações Internacionais, adquirido pelos retalhos da herança familiar, consome-se nas almofadas do mestrado. Seguiu um coelho branco e calçou os saltos de jornalista EM que de momento lhe assentam os pés. Deixou pequenas pegadas nas páginas da “Pública”, da revista “Nós” do Jornal i, do Jornal Briefing e da televisão Arte. Incapaz de se manter fiel ao amor por um só par de sapatos, fez cursos em instituições europeias e teve aulas de representação em palco poeirento. Infelizmente, não teve dom para fazer dinheiro como viajante, mas soma este aos restantes vícios: desde a última tarde de 86 que não se inibe de sorrir e sonhar.
Inês Leão

Registada na bela freguesia de Mem Martins, Inês teve uma infância feliz, até ao dia que teve de abandonar o ballet por ter as pernas tortas (erro que nunca foi corrigido pelas botas ortopédicas ora azuis ora castanhas, que usou até tarde). Sempre gostou muito de desenhar, tendo como maiores influências os filmes clássicos da Disney, a Barbie e o seu pai. Quando teve de escolher a sua área optou por artes, por não ter matemática, não fazendo ideia que teria de gramar com geometria descritiva. É recém-chegada no design e o seu sonho é ser uma designer de sucesso, trabalhando a partir do seu iate privado na marina da Costa Nova, na Ria de Aveiro.
Nuno Miguel Guedes

Nuno Miguel Guedes nasceu em Lisboa em 1964. Jornalista, esteve no inicio de O Independente, de onde saiu em 1990 para a revista Kapa, de que foi co-fundador e co-afundador. Escreve para várias publicações e é colaborador pemanente da revista Visão (cultura) Letrista sempre que o deixam, guionista de televisão, bloguista, DJ ocasional, anglófilo, fanático da Académica e de livros. Nos tempos livres pratica o dry martini.
Pedro Rainho

Nasceu no iníco da década de 60, na vila de Sintra. Filho de família aristocrata, cedo forçou-se a desiludi-la. Aos 14 anos já estava ilegalmente no MRPP, onde foi companheiro de luta académica de Durão Barroso, na Faculdade de Direito. Mal acabou o curso viu nascer Abril e ingressou no jornalismo. Tornou-se barbudo e descobriu o fado, a monarquia e os touros. Por esses quatro motivos entrou com o Nuno Miguel Guedes no PPM e dedicou-se ao jornalismo como paquete de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso n'O Independente. Escreveu três ensaios sobre literatura russa medieval, traduzidos em mandarím e tchecheno. Deu aulas na Independente e consumiu marijuana com o comandante Zapata, durante uma fotoreportagem. Tudo isto é mentira - mas bem que podia ser verdade, não tivesse ele nascido na década de oitenta e ser um jovem jornalista precário. É o que dá ser novo.
Tomás Vasques

Advogado de profissão, não se deixou enclausurar em códigos e barras. Arrumado na prateleira da esquerda pela natureza das coisas, desenvolveu na juventude – ainda as mil águas de Abril não tinham chegado – gostos exóticos, onde se incluíam chineses, albaneses e charros alimados. Navegou por vários territórios: da pintura à América Latina, da escrita à actividade política. Gosta de rir, de cozinhar, de Roberto Bolaño, de amigos, cerveja e peixe fresco. Irrita-se com a intolerância e o autoritarismo. É agnóstico. Apesar da idade, ainda não perdeu o medo do escuro, do sobrenatural e das ditaduras.