Carvalho da Silva é a verdadeira rameira da cena política nacional. Desculpem mas já não há paciência para aturar um tipo que militantemente não faz, nem nunca fez nada, nem gostaria de um dia fazer alguma coisa. Não é preciso trabalhar quando o sindicato nos paga o ordenado.
Depois deste desabafo estou mesmo a ver que a esquerda irá cair toda em cima de mim. Porque eu sou isto e aquilo, porque eu coloco em causa a santa liberdade sindical. Mas para que não se irritem demasiado eu esclareço: não sou contra o sindicalismo - da mesma forma que não sou contra o bondage - cada um faz o que quer, mas uns são mais parvos do que os outros.
Voltando à vaca fria, ou seja, ao Carvalho da Silva. Irrita-me ver o senhor rei do sindicalismo usar uma estrutura sindical financiada pelos contribuintes, ou seja, pelas empresas (que são quem verdadeiramente paga impostos no nosso país), para apoiar de forma escandalosa um partido de índole antidemocrática. Cujo o objectivo, todos nós sabemos, é destruir a economia de mercado, ou seja, as empresas.
Como se esta prática corrente já não bastasse agora também vai aparecendo de vez em quando ao lado do Bloco de Esquerda, tudo isto quando o Comité Central do PCP permite, claro. Dizem que é a unidade dos trabalhadores.
Mas sabem, gostava era que o Sr. Carvalho da Silva se preocupasse com o actual cenário de degradação do estado de direito, de corrupção dentro das novas chefias de poder e de tentativa de aniquilação das empresas e dos empresários. Estas preocupações é que poderiam trazer riqueza e trabalho.
A democracia não se faz nas ruas. Por nunca compreenderem isto é que os comunistas não podem participar na democracia, tal como os fascistas. É preciso ser democrata para praticar a democracia - acontece que Carvalho da Silva é militante do PCP.