a "nós" de Pedro Rolo Duarte chegou ao fim, e a nova revista do i vai chamar-se "index".
a "nós" de Pedro Rolo Duarte chegou ao fim, e a nova revista do i vai chamar-se "index".
Estive há poucos dias a colocar alguma publicidade na minha pequena, mas muito bem cuidada, revista diária de cultura on-line, onde um dos nossos parceiros publicitários é a FNAC. Quando tive a seleccionar os banners que queria colocar no site, apareceram imediatamente os leitores de e-books - todos eles muito bonitos, em várias cores e ao preço de uma qualquer máquina fotográfica digital baratinha. No outro dia navegava pela internet e fui dar a um blogue português só de comparação de leitores de e-books. Já ontem à noite fui investigar o misterioso mundo dos torrents, e dei por mim a perceber que existem centenas de milhares de e-books gratuitos (provavelmente pirateados), que podemos fazer download em apenas alguns minutos. Por fim, hoje de manhã acordei e quando fui ver os mails das editoras para enviar para a redacção, encontrei um convite da Babel e da Samsung, para uma apresentação de um novo leitor de e-books na livraria da antiga Verbo.
Podemos dizer que gostamos mais do livro normal, que é bonito mostrarmos uma esbelta biblioteca na nossa sala ou escritório, que ler em papel tem um significado e um prazer muito mais forte do que ler em formato digital, ajudado por uma máquina que nos faz doer mais os olhos, que precisa de ser carregada todos os dias, que nos obriga a fazer downloads na internet e que para isso nos prende à ditadura do wireless. Tudo isto é verdade. Mas também é verdade que hoje mudamos muito mais de casa do que antigamente, logo não queremos andar com centenas ou milhares de livros às costas sempre que isso acontece, e também é verdade que estamos em crise e que o preço do e-book vai ser inevitavelmente mais barato do que o preço do livro convencional. Por fim, existe ainda a pirataria que inevitavelmente vai fazer a vida negra aos autores e aos editores - se pensarmos bem a indústria do cinema ainda tem as salas de cinema e os direitos televisivos, a música ainda tem as rádios e as televisões a pagarem direitos de autor e os músicos podem dar concertos, pelos quais são muito bem pagos. Mas e os escritores? Vão viver de quê? De apresentações e sessões de autógrafos?
Mas se hoje já somos muitos os autores e editores que nos preocupamos com a inevitabilidade da invasão do mercado livreiro pelos e-books, o mesmo não acontece com a imprensa. Todos sabemos que o jornal i está com graves problemas, que o SOL vai sobrevivendo como consegue, que a FHM acabou, que muitos jornais regionais estão a fechar e que o Público continua a dar prejuízo. Mas alguém já se perguntou porquê? Será porque o on-line já tem mais leitores do que o papel? Será porque a publicidade no on-line é muito mais barata? Será porque no on-line as pessoas conseguem em menos tempo absorver mais informação e apenas aquela que lhes interessa? Provavelmente será por tudo isto e ainda mais algumas coisas.
A ditadura do digital, do on-line e do social media vieram para ficar. Cada vez mais os jornais vão ter que inovar, construir formatos para leitores de e-books e ipad, apostar em força nas redes sociais e ir abandonando o papel. Isto porque durante muitos anos ainda podem existir muitas pessoas que gostem de ter livros em casa e dos ler em papel, mas isso não vai acontecer com a impressa - quantos de vocês gostam de amontoar jornais velhos na sala e na casa de banho?
«Vivemos na era do «Ídolos», da «Floribela» e do «Perfeito Coração», vivemos na era da massificação da informação – perante esta constatação os jornais optaram por escreverem conteúdos para as massas. Olhamos atualmente para os nossos jornais referência e vemos menos cultura e mais entretenimento, menos crónicas e mais social. Este foi o erro – escrevendo para as massas os jornais deixaram escapar o público que efetivamente os consumia.»
(Escrita com o acordo ortográfico)
"Segundo um inquérito realizado na Inglaterra, 1 em cada 6 jovens do país pensa que Adolf Hitler foi um treinador de futebol.
Já em Portugal, segundo um inquérito IP/Univesidade Católica/Colégio Islâmico de Palmela, 5 em cada 6 portugueses está convencido que foi Jorge Jesus que ganhou, “por goleada”, a batalha de Estalinegrado e que organizou o desembarque vitorioso do Dia D, mostrando cinco dedos a Adolf Hitler, não para lhe lembrar, com prepotência, quantas vitórias tinha já conseguido na II Guerra Mundial, mas apenas para indicar a cinco soldados onde se deviam posicionar nas praias da Normandia. Ainda segundo o inquérito, 5 em cada 6 portugueses considera que Oliveira Salazar é treinador do Sporting e caiu da cadeira na semana passada."
...é facilmente observável pelo que os mesmo gostam de ler.
Vendas de revistas em Portugal:
Maria — 207.644/semana
Visão — 102.796
Sábado — 73.689
Focus — 9.849
Hoje tive o privilégio de fazer de moderador/entrevistador no programa Perguntas Proibidas na Rádio Europa. O entrevistado foi o Professor Mendo Castro Henriques
O programa vai para o ar às 18:00h de hoje. Pode ser ouvido na zona de Lisboa na 90.4fm e em todo o mundo aqui.
folhei O Diabo e vi lá o meu texto sobre "o pretendente ao trono e Vasco Pulido Valente". O meu obrigado à publicação pela distinção.
"Sim. É verdade. Os monárquicos são uma minoria. Dez por cento dos portugueses. Se tanto. Os republicanos são outra minoria. Dez por cento dos portugueses. Se tanto.
Os outros 80% são "marimbistas". Ou seja, estão a marimbar-se. O que não é bom. Nada bom mesmo.
Dez por cento são republicanos - e duvido que o sejam mesmo. Em Portugal não há republicanismo. Nem sistema republicano. Nem doutrina republicana. O que existe é uma longa tradição anti-monárquica. A vantagem de um sistema republicano, dizem eles, é evitar as desvantagens de um sistema monárquico."
Gostava de fazer uma consulta aos portugueses para saber se preferiam ter um rei como chefe de Estado?
Já foi feita, mas não foi divulgada. E tem resultados muito curiosos: 29% dos portugueses acha que um rei seria melhor do que um PR. Mas a maioria não tem opinião. Era bom que os portugueses tivessem liberdade para exprimir-se sobre esse assunto, mas num contexto honesto e não fazendo uma pergunta como a pergunta do aborto, que era totalmente direccionada para votar sim.
"É, aliás, significativo que Solnado tivesse adoptado como divisa uma ideia de Woody Allen. Allen e Solnado são, na verdade, humoristas aparentados de mais do que uma maneira. A gaguez e a aparência física constituem, em ambos, instrumentos da sedução (da sedução humorística e da outra), e os monólogos de Solnado são o equivalente português das histórias que compõem os números de stand-up comedy de Woody Allen."