2.6.10

 

uma reunião da Comissão Política da candidatura de Manuel Alegre. De um lado Ricardo Rodrigues a discutir com João Semedo a mobilização dos aparelhos, um pouco mais à frente Miguel Portas e Fernanda Câncio a discutirem a estratégia de ataque à imprensa, mesmo ao lado o Pedro Sales e a malta do Câmara Corporativa a definirem as linhas de acção na blogosfera. Na cabeceira Manuel Alegre a suspirar, José Sócrates a enviar mensagens escritas a Pedro Silva Pereira e Francisco Louçã a escrever um post no facebook a atacar o governo. À porta da reunião Augusto Santos Silva garante que ninguém entra, enquanto Fernando Rosas fuma o seu cachimbo, visto Sócrates não o deixar violar a lei do tabaco. Pelo meio aparece a malta da Renovação Comunista para enrolar umas bandeiras, a malta do Ruptura para coagir Sócrates, a malta do PS para coagir o Ruptura e a malta do MIC que agora é obrigada a ficar à porta, visto tratar-se de uma candidatura partidária.

mas ainda alguém questiona que esta é a candidatura da cidadania?

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17.5.10

é que o Partido Comunista Português acabou de anunciar uma moção de censura ao governo, o que pode ser visto também da perspectiva dos sindicatos afectos ao PCP/CGTP que irão certamente sair à rua e apertar o cerco a José Sócrates. Quando o centro procura estabilidade as franjas mais à esquerda optam pelo sangue, talvez seja a sina deste pedaço de terra à beira-mar plantado.

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28.11.09

 

Carvalho da Silva é a verdadeira rameira da cena política nacional. Desculpem mas já não há paciência para aturar um tipo que militantemente não faz, nem nunca fez nada, nem gostaria de um dia fazer alguma coisa. Não é preciso trabalhar quando o sindicato nos paga o ordenado.

 

Depois deste desabafo estou mesmo a ver que a esquerda irá cair toda em cima de mim. Porque eu sou isto e aquilo, porque eu coloco em causa a santa liberdade sindical. Mas para que não se irritem demasiado eu esclareço: não sou contra o sindicalismo - da mesma forma que não sou contra o bondage - cada um faz o que quer, mas uns são mais parvos do que os outros.

 

Voltando à vaca fria, ou seja, ao Carvalho da Silva. Irrita-me ver o senhor rei do sindicalismo usar uma estrutura sindical financiada pelos contribuintes, ou seja, pelas empresas (que são quem verdadeiramente paga impostos no nosso país), para apoiar de forma escandalosa um partido de índole antidemocrática. Cujo o objectivo, todos nós sabemos, é destruir a economia de mercado, ou seja, as empresas.

 

Como se esta prática corrente já não bastasse agora também vai aparecendo de vez em quando ao lado do Bloco de Esquerda, tudo isto quando o Comité Central do PCP permite, claro. Dizem que é a unidade dos trabalhadores.

 

Mas sabem, gostava era que o Sr. Carvalho da Silva se preocupasse com o actual cenário de degradação do estado de direito, de corrupção dentro das novas chefias de poder e de tentativa de aniquilação das empresas e dos empresários. Estas preocupações é que poderiam trazer riqueza e trabalho.

 

A democracia não se faz nas ruas. Por nunca compreenderem isto é que os comunistas não podem participar na democracia, tal como os fascistas. É preciso ser democrata para praticar a democracia - acontece que Carvalho da Silva é militante do PCP.

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19.8.09

É verdade, a frase é mesmo de Manuel Alegre sobre a hipótese de restauração da monarquia em Portugal, e foi dita ao O Diabo, que saiu ontem (dia 18 de Agosto). Existe um mito enorme, criado pelos republicanos, de que a monarquia é de direita e a república é de esquerda - mais do que um mito estamos perante um dogma. Basta termos bom senso e lermos um pouco da História do nosso país, para percebermos que isto é mentira. A monarquia só pode existir, como o Sr. D. Duarte está farto de referir, em democracia - e a democracia não é da esquerda nem da direita, é de todos e para todos, como o Rei.

Pouca gente sabe e poucos foram os historiadores que se deram ao trabalho de investigar o assunto, mas o primeiro partido socialista a existir em Portugal (o Partido Socialista Português) tinha imensos monárquicos (a maioria dos militantes) e existem relatos da época que comprovam que o mesmo foi apoiado pelo Rei D. Manuel II. Os socialistas tinham na época por certo de que o regime era uma questão secundária e que as condições de vida dos operários iriam piorar se a república fosse implantada. Não é que tiveram razão?

Mas podemos ir mais longe. Quantas pessoas é que se deram ao trabalho de investigar e estudar os imensos monárquicos que foram oposicionistas do Estado Novo? Querem exemplos? Que tal o Henrique Barrilaro Ruas, que no I Congresso da Oposição Democrática foi o primeiro orador a exigir "a entrega imediata das colónias aos seus povos"? Ou então o advogado João Camossa, que num processo em que defendia oposicionistas ao regime salazarista foi o primeiro e único caso em que um advogado passou da sua condição a arguído. Confrontado com o problema foi até à casa de banho e apresentou-se perante o juíz fascista a dizer que por baixo da toga estava completamente nu e que se fosse constituído arguído a teria que despir - o juíz fascista não teve coragem de o constituir arguído.

Então e o Francisco Sousa Tavares e a Sophia de Mello Breyner? E o pai de Sottomayor Cardia? E o pai de Jaime Gama? E o Gonçalo Ribeiro Teles? E o Sá Carneiro? E o Henrique de Paiva Couceiro? E a Amália Rodrigues? E os outros, tantos outros que eram de esquerda uns, de direita os outros, mas que tiveram como marca comum a luta, de peito aberto ou na clandestinidade, pela democracia em Portugal? Só os republicanos são herdeiros da resistência ao Estado Novo? Só? Chega de demagogia. A Liberdade quando nasceu foi fruto de todos e nasceu para todos.

Se perguntarmos a qualquer socialista ou pessoa de esquerda quais são os líderes políticos em que mais se revêm, as repostas vão ser óbvias e vão aparecer de certeza estes quatro nomes: Olof Palme, Felipe Gonzales, Tony Blair e José Luís Zapatero. O que têm em comum? Todos governaram em monarquia e nunca a contestaram.

Então e não será óbvio que qualquer militante do Bloco de Esquerda se revê no modelo social liberal do Reino da Holanda? E o afamado modelo económico escândinavo defendido à boca cheia pelo PS? Os países escandinavos também são monarquias.

É por estes motivos que Manuel Alegre tem razão, "tudo pode e deve ser debatido". Por isso está na hora da esquerda abandonar os dogmas. Por isso está na hora de passarem a palavra ao povo, que eu acredito ainda é quem mais ordena.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 03:23  ver comentários (5) comentar

18.8.09

"É evidente que, para o PCP e o BE, o principal objectivo é derrotar o PS, mesmo à custa da entrega do poder à direita."

Vital Moreira no Público de hoje.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 12:32  comentar

17.8.09

As campanhas arrancam no último fim-de-semana de Agosto. Vai começar o circo.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 13:43  comentar

14.8.09

O Pedro Correia, do Corta-Fitas e do Delito de Opinião, nomeou o Francisco Louçã como o melhor deputado do ano. Opinião que respeito, quase compreendo, mas não concordo. Francisco Louçã é um bom parlamentar, um ainda melhor tribuno, mas falta-lhe objectividade, falta-lhe política real e mais do que tudo isso faltam-lhe propostas políticas concretas para o país - querer privatizar a Galp e tudo o resto que mexa não basta.

Para mim o melhor deputado do ano foi Nuno Melo do CDS, por vários motivos. Em primeiro lugar teve um papel determinante na comissão de inquérito ao BPN, em segundo lugar foi um óptimo líder de bancada, tanto na liderança de Ribeiro e Castro como na liderança de Paulo Portas. Em terceiro lugar foi o rosto do bom resultado do CDS nas eleições para o Parlamento Europeu e por fim partiu para a Europa deixando saudades nos Passos Perdidos - certamente que é o número um numa possível linha de sucessão a Paulo Portas.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 01:06  comentar

5.8.09

Encontro com 'bloggers' por *Bloco.

 

Para os anónimos que pensaram que eu tentei matar ou Francisco Louçã, ou qualquer coisa do género, no final da blogconf, deixo ficar esta fotografia. Somos nós a despedirmo-nos.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 15:07  ver comentários (6) comentar

4.8.09

João Galamba acaba de agredir Francisco Louçã. Tiago Moreira Ramalho a postar pouco.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 19:21  comentar

O Rodrigo Moita de Deus já vai na segunda lata de Frutea oferecida pelo BE e o Henrique Burnay está a atacar um gigantesco bolo de arroz - mais um bolito cada um e tornam-se trotskystas. O João Galamba, futuro deputado do PS, continua a atacar Louçã - descutem taxas e stocks.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 19:17  ver comentários (1) comentar

Finalmente já tenho o wireless a funcionar. O calor na sala é enorme e, como já comentou o Rodrigo Moita de Deus, o Villalobos continua de casaco depois de ter comido duas empadas. Neste momento o João Galamba tenta convencer o Louçã que é boa ideia o BE sustentar uma maioria relativa do PS. Há pouco Louçã referiu-se ao Ministro Santos Silva como "meu querido".

link do postPor João Gomes de Almeida, às 19:10  comentar

8.2.09

 

Como alguns dos estimados leitores sabem eu fui "aderente" do Bloco de Esquerda durante a minha adolescência, tendo começado o meu percurso político num dos movimentos/partidos políticos que entrou pouco após a fundação desta, na época, confederação de esquerda. Esse movimento era o Ruptura/FER, já na época liderado por Gil Garcia, o maior dos críticos da liderança de Francisco Louçã, provavelmente por se situar mais à esquerda que o próprio, Miguel Portas, Ana Drago, Fernando Rosas e restante direcção - novamente reeleita e onde só ficou a faltar a Joana Amaral Dias, mas isso fica para outro post.

 

A minha primeira nota nesta Convenção do BE vai precisamente para Gil Garcia, que viu a sua "moção C" ter 60 votos, ficando à frente da "moção B" de Joana Amaral Dias que teve apenas 19 votos e ficando muito atrás da "moção A" de Louçã, que que teve 424 votos. O Ruptura/FER é um movimento trotskysta, que se posiciona internacionalmente numa das facções da IV Internacional, a Liga Internacional dos Trabalhados (LIT), representada no Brasil, por exemplo, pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). Como já disse em cima, o Ruptura/FER está à esquerda do bloco e por isso tem motivado tanto debate no seio do mesmo - só estranho que a força que tem vindo a conseguir dentro do movimento não se repercuta nos deputados - de facto, este movimento é o único que nunca teve direito a representação parlamentar nas listas do BE. Isto mostra o "aburguesamento" vivido neste novo partido social-democratizante que vai piscando o olho a Alegre.

 

No entanto, Gil Garcia, que não tem um nome muito diferente de Garcia Pereira, tem razão em algumas coisas que disse. A Helena Roseta pode ser um problema para o BE como foi José Sá Fernandes, agora costista de gema. Para além disso, Manuel Alegre não dá confiança nem trás vantagens ao BE. No fundo, a intervenção do líder do Ruptura/FER teve lógica, pelo menos alguma lógica - quanto mais não seja a lógica de mostrar ao país que o BE já não é um partido anti-sistema e que cada vez mais tem mais vícios advindos dele.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 16:09  comentar


Ana Anes

Ana Anes nasceu em Lisboa a 2 de Abril de 1973, com o cordão umbilical bem preso no pescoço. Pode-se dizer que é uma sobrevivente (alegre) e, como tal, decidiu festejar a vida com um carácter irreverente, livre de constrangimentos e da opinião alheia, com uma faceta “bombista-literária” em que não se levando a sério - porque a vida já é demasiado pesada por si mesma...
Tem dois livros publicados, e já escreveu em vários órgãos de imprensa, como O Independente, Destak, DNA, Maxmen, Correio da Manhã e Playboy. Os seus blogues já deram muito que falar.
Ana Santiago

Primeiro queria ser médica de autópsias, depois teve a mania de ser jornalista e apaixonou-se pela rádio, acabou por dedicar-se ao serviço público e vive uma relação passional com Lisboa, como sede no poder local, onde editou a Agenda Cultural.
Licenciada em Comunicação, resignou-se ao facto de pouco mais saber fazer na vida do que comunicar, de manhã à noite, com toda a gente e, se mais ninguém houver por perto, com ela mesma. Acredita que é com o coração.
Cátia Simão

Foi em véspera de uma Sexta-Feira 13 de Setembro que sua mãe conheceu o rosto enrugado e percebeu que não era o David (sobre o qual) tanto conversara durante 9 meses. Daí para a frente foi muitos nomes a até se assentar como Cátia. Cresceu pensando que iria ser modista, mas não tinha muito jeito para fazer costuras e braguilhas. Virou-se para a arqueologia e seguiu outro caminho, a música, os filmes e a rádio. Seguiu-se dos seus amores de garota. Ainda hoje procura as agulhas do seu giradiscos portátil na bainha de um vestido rosa da moda. É muito feliz e gosta de sorrir.
Cláudia Köver

Tem os ensinamentos anglo-saxónicos cravados nas sardas e o amor às artes nas pontas dos dedos. O gosto pela manta das Relações Internacionais, adquirido pelos retalhos da herança familiar, consome-se nas almofadas do mestrado. Seguiu um coelho branco e calçou os saltos de jornalista EM que de momento lhe assentam os pés. Deixou pequenas pegadas nas páginas da “Pública”, da revista “Nós” do Jornal i, do Jornal Briefing e da televisão Arte. Incapaz de se manter fiel ao amor por um só par de sapatos, fez cursos em instituições europeias e teve aulas de representação em palco poeirento. Infelizmente, não teve dom para fazer dinheiro como viajante, mas soma este aos restantes vícios: desde a última tarde de 86 que não se inibe de sorrir e sonhar.
Inês Leão

Registada na bela freguesia de Mem Martins, Inês teve uma infância feliz, até ao dia que teve de abandonar o ballet por ter as pernas tortas (erro que nunca foi corrigido pelas botas ortopédicas ora azuis ora castanhas, que usou até tarde). Sempre gostou muito de desenhar, tendo como maiores influências os filmes clássicos da Disney, a Barbie e o seu pai. Quando teve de escolher a sua área optou por artes, por não ter matemática, não fazendo ideia que teria de gramar com geometria descritiva. É recém-chegada no design e o seu sonho é ser uma designer de sucesso, trabalhando a partir do seu iate privado na marina da Costa Nova, na Ria de Aveiro.
Nuno Miguel Guedes

Nuno Miguel Guedes nasceu em Lisboa em 1964. Jornalista, esteve no inicio de O Independente, de onde saiu em 1990 para a revista Kapa, de que foi co-fundador e co-afundador. Escreve para várias publicações e é colaborador pemanente da revista Visão (cultura) Letrista sempre que o deixam, guionista de televisão, bloguista, DJ ocasional, anglófilo, fanático da Académica e de livros. Nos tempos livres pratica o dry martini.
Pedro Rainho

Nasceu no iníco da década de 60, na vila de Sintra. Filho de família aristocrata, cedo forçou-se a desiludi-la. Aos 14 anos já estava ilegalmente no MRPP, onde foi companheiro de luta académica de Durão Barroso, na Faculdade de Direito. Mal acabou o curso viu nascer Abril e ingressou no jornalismo. Tornou-se barbudo e descobriu o fado, a monarquia e os touros. Por esses quatro motivos entrou com o Nuno Miguel Guedes no PPM e dedicou-se ao jornalismo como paquete de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso n'O Independente. Escreveu três ensaios sobre literatura russa medieval, traduzidos em mandarím e tchecheno. Deu aulas na Independente e consumiu marijuana com o comandante Zapata, durante uma fotoreportagem. Tudo isto é mentira - mas bem que podia ser verdade, não tivesse ele nascido na década de oitenta e ser um jovem jornalista precário. É o que dá ser novo.
Tomás Vasques

Advogado de profissão, não se deixou enclausurar em códigos e barras. Arrumado na prateleira da esquerda pela natureza das coisas, desenvolveu na juventude – ainda as mil águas de Abril não tinham chegado – gostos exóticos, onde se incluíam chineses, albaneses e charros alimados. Navegou por vários territórios: da pintura à América Latina, da escrita à actividade política. Gosta de rir, de cozinhar, de Roberto Bolaño, de amigos, cerveja e peixe fresco. Irrita-se com a intolerância e o autoritarismo. É agnóstico. Apesar da idade, ainda não perdeu o medo do escuro, do sobrenatural e das ditaduras.