teria sido feliz com a estátua de hoje.
teria sido feliz com a estátua de hoje.
Hoje Portugal acordou com mais um estátua. A mais merecida de todas. Obrigado 31 da armada.
"Sim. É verdade. Os monárquicos são uma minoria. Dez por cento dos portugueses. Se tanto. Os republicanos são outra minoria. Dez por cento dos portugueses. Se tanto.
Os outros 80% são "marimbistas". Ou seja, estão a marimbar-se. O que não é bom. Nada bom mesmo.
Dez por cento são republicanos - e duvido que o sejam mesmo. Em Portugal não há republicanismo. Nem sistema republicano. Nem doutrina republicana. O que existe é uma longa tradição anti-monárquica. A vantagem de um sistema republicano, dizem eles, é evitar as desvantagens de um sistema monárquico."
Segundo o blog "Os conjurados" parece que Cascais também acordou com a bandeira monárquica hasteada no forte e nos seus arredores. Ficam algumas fotos.
No Aspirina B parece que o Valupi ficou muito incomodado com a atitude do 31 da armada - chegando a sugerir que mudar a bandeira autárquica pela bandeira monárquica seria a mesma coisa que a Juveleo (escreve-se tudo junto) ir aos Paços do Município colocar a bandeira do Sporting. Não que eu não achasse piada a este cenário, embora não considere necessário visto qualquer bom sportinguista ser também um bom monárquico - ou nunca foi a uma assembleia geral do clube?
Mas o que eu acho mais estranho no Aspirina B é a forma como foi vista a solidariedade do Daniel Oliveira para com os bloguers do 31 da armada. Quase que é chamado de traidor por andar por aí a defender os monárquicos - na próxima reunião do BE ainda vai parar à guilhotina. Sobre isto e sobre o que o Valupi escreveu, vou utilizar um título do Nuno Ramos de Almeida, sobre este assunto, no 5 dias: "se fossem coçar os tomates", ao que remata no texto: "quem fez a queixa mostrou não ter muito que fazer e, sobretudo, uma completa ausência de senso político. Se eu fosse monárquico, aproveitava-me bem disso: passava a mudar as bandeiras por todo o país e esperava que fossem acusar umas dezenas de pessoas disso".
O 31 da armada conseguiu entalar António Costa e a Câmara Municipal de Lisboa. A bandeira foi roubada, o que é um crime - um crime assumido e com um propósito, uma causa política. Não houve violência, não existiram danos materiais e os autores do roubo foram pelos seus pés até à CML entregarem a bandeira. Perante isto que atitude deveria ter a Câmara Municipal de Lisboa?
Vivemos em Portugal, o país em que o Movimento Verde Eufémia invadiu uma propriedade privada, destruiu um capo de milho, enfrentou a GNR e nada aconteceu. Neste mesmo país, um grupo de jovens que hasteou uma bandeira monárquica de Portugal é detido, nos Paços do Concelho, porque foi entregar a bandeira que a CML os acusou de roubarem.
Esta prepotência e arrogância por parte do executivo municipal demonstram o estado a que isto chegou - já ninguém sabe o que fazer naquela casa. Ainda dizem que está arrumada, olhem lá se não estivesse.
Gostava de esclarecer os interessados no tema, que a iniciativa do 31 da armada não foi inédita. Há cerca de 10 anos um também grupo de jovens monárquicos conseguiu subir até ao cimo do Castelo de S. Jorge e hastear uma bandeira monárquica. A polémica não foi a mesma, mas por um simples motivo: há dez anos as pessoas gostavam muito mais da república do que agora. Hoje têm que escolher entre a república do António Preto, Helena Lopes da Costa, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, entre outros, e a Monarquia. O sistema está por um fio.
A bandeira monárquica colocada na Câmara Municipal de Lisboa pelo 31 de armada foi em primeiro lugar um gesto de bom humor, serviu para agitar a silly season e para levantar a discussão sobre o regime em que vivemos. Este simples gesto de irreverência fez mais pela causa monárquica nos útlimos de 10 anos, do que a panóplia de associações monárquicas que por aí existem - e digamos em abono da verdade, que na sua esmagadora maioria mais não são do que clubes privados de organização de festas à antiga.
Os monárquicos sempre foram vistos como os meninos queques, a maltinha da catequese, as raparigas bonitas do verão de S. Martinho do Porto, os Srs. de bigode retorcido das praças de touros e os fadistas boémios perdidos de madrugada nas ruas de Alfama. Com este gesto o 31 da armada conseguiu apagar um pouco desta imagem - afinal há monárquicos com boa disposição, afinal há monárquicos jovens, afinal a monarquia é uma forma de activismo político, em que jovens até assaltam a varanda da Câmara Municipal de Lisboa para hastearem uma bandeira. O 31 da armada pôs os cafés do país a discutirem o regime, ninguém tenha dúvida que a maioria dos portugueses ficaram a saber das comemorações do centenário da república à custa de um blog.
Quanto às questões legais, acho que o Manuel Salgado fez figura de parvo - desculpem a expressão mas não arranjei nenhum palavra melhor para adjectivar as declarações que saíram hoje no Público. O António Costa, esse teve sorte - estava de férias. Espero que os portugueses aproveitem estes 100 anos de república para debaterem o regime e espero que o 31 da armada nos continue a lembrar que existem monárquicos e que, como dizia o Miguel Esteves Cardoso, "são o maior partido clandestino em Portugal".
Ontem durante a noite ocorreu uma acção inédita em Lisboa. Os Vaders do 31 da armada restauraram a monarquia em Portugal, hasteando uma bandeira monárquica nos paços do concelho. Ao que se sabe a bandeira permaneceu no local até há pouco tempo. É caso para se dizer: Viva o Rei!
O Rodrigo Moita de Deus já vai na segunda lata de Frutea oferecida pelo BE e o Henrique Burnay está a atacar um gigantesco bolo de arroz - mais um bolito cada um e tornam-se trotskystas. O João Galamba, futuro deputado do PS, continua a atacar Louçã - descutem taxas e stocks.