19.10.09

 

"Saramago vai lançar o seu livro, precisa de umas frases fortes para ajudar à publicidade do mesmo. As suas palavras sobre a Bíblia são apenas isso, um evento publicitário. Não vale a pena retirar algo de mais profundo da generalização superficial e oportunista feita. É perda de tempo.

As vendas falam mais alto e Saramago, vaidoso como é, sabe o que vende bem."

 

 

Afonso Azevedo Neves

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8.10.09

 

link do postPor João Gomes de Almeida, às 04:11  comentar

17.9.09

 

 

A invenção do amor mudo é muda, não fala, ou seja, não age. Amor que não age é aborto, amor que não fala não reage. Algo que não reage não vive, quem não vive não ama. A invenção do amor mudo é moderna, se é moderna reage, a modernidade reage ao passado conservador - se reage inventa. Daí a invenção do amor mudo.

No amor mudo há quem grite por dentro, quem desespere. O amor mudo é a pior das invenções da censura moderna. A antítese do amor mudo é o amor - sim o amor, mais nada. Todos nós quisemos mudar o amor, nunca ninguém foi bem sucedido - o amor é imutável, o amor é igual ao que era há trinta, duzentos ou mil anos. Triste, alegre, duro, cruel e todo esse rol de palavras comuns um tanto ou quanto próximas da piroseira - o que não faz delas palavras falsas, pelo contrário. O amor não pode ser mudado, mas deve ser reinventado, o que não é igual a tornar-se mudo.

Reinventar uma coisa é transformar outra, o que pode ser fácil - nos sentimentos não. Se eu, ou o estimado leitor, quisermos mudar a forma como o mundo vive um determinado sentimento, neste caso o amor, o que devemos fazer? Não há receitas - lá estou eu a cair na banalidade. Sim há uma receita: encarnarmos nós a forma como achamos que o mundo deve viver esse sentimento, sim o amor. Tanta coisa para dizer que devemos ser românticos.

Um dia vou destruir o amor mudo reinventando o verdadeiro e único amor. Vou dizer-te, estimada leitora, como é difícil ser mudo. Vou devolver a democracia ao amor.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 20:42  comentar

8.8.09

Livros há que me prendem às suas páginas e me fazem perder uma noite de sono, trocada pela fantasia da leitura. Mas ainda há livros mais fortes - são aqueles que não só me fazem passar uma noite em claro, como me levam a passar horas e horas a pensar naquela história. Esses são, para mim, os livros muito bons.

Ando há mais de uma semana a tentar escrever qualquer coisa, aqui neste blog, sobre um livro que li numa noite. É caricato. Mas nem sei se já estou bem preparado.

David Kepsh tem cabelos brancos e mais de sessenta anos, é um comentador televisivo da área da cultura e um professor e conferencista adorado pelas alunas - tudo isto se passa em Nova Iorque.

Como qualquer bom professor, aproveitou-se várias vezes do seu estatuto para manter relacionamentos sexuais com as alunas. Até aqui tudo normal.

Um dia conheceu uma aluna cubana, de nome Consuela Castillo. Com ela explorou as novas fronteiras sexuais, com ela, com mais de sessenta anos, voltou a sentir-se jovem. Ela desapareceu e levou consigo tudo, ela desapareceu e David Kepsh pensou que seria para sempre.

Mas um dia Consuela voltou. Não pelos melhores motivos, era um cancro.

Descubram o resto no "O animal moribundo", do Philip Roth. É genial.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 14:00  comentar

21.2.09

O Mulheres 2.0 está à venda no El Corte Inglês de Lisboa e de Gaia.

link do postPor João Gomes de Almeida, às 22:56  comentar

4.11.08

Estava a poucas horas de apanhar o avião, rumo a um breve fim-de-semana na Catalunha e o sono era pouco. Comecei a ler "O Carteiro de Pablo Neruda", do também chileno Antonio Skarmeta. O livro não é grande, mas foi fulminante. Não o consegui parar de ler. Não imaginam como me soube bem.

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link do postPor João Gomes de Almeida, às 01:07  comentar


Ana Anes

Ana Anes nasceu em Lisboa a 2 de Abril de 1973, com o cordão umbilical bem preso no pescoço. Pode-se dizer que é uma sobrevivente (alegre) e, como tal, decidiu festejar a vida com um carácter irreverente, livre de constrangimentos e da opinião alheia, com uma faceta “bombista-literária” em que não se levando a sério - porque a vida já é demasiado pesada por si mesma...
Tem dois livros publicados, e já escreveu em vários órgãos de imprensa, como O Independente, Destak, DNA, Maxmen, Correio da Manhã e Playboy. Os seus blogues já deram muito que falar.
Ana Santiago

Primeiro queria ser médica de autópsias, depois teve a mania de ser jornalista e apaixonou-se pela rádio, acabou por dedicar-se ao serviço público e vive uma relação passional com Lisboa, como sede no poder local, onde editou a Agenda Cultural.
Licenciada em Comunicação, resignou-se ao facto de pouco mais saber fazer na vida do que comunicar, de manhã à noite, com toda a gente e, se mais ninguém houver por perto, com ela mesma. Acredita que é com o coração.
Cátia Simão

Foi em véspera de uma Sexta-Feira 13 de Setembro que sua mãe conheceu o rosto enrugado e percebeu que não era o David (sobre o qual) tanto conversara durante 9 meses. Daí para a frente foi muitos nomes a até se assentar como Cátia. Cresceu pensando que iria ser modista, mas não tinha muito jeito para fazer costuras e braguilhas. Virou-se para a arqueologia e seguiu outro caminho, a música, os filmes e a rádio. Seguiu-se dos seus amores de garota. Ainda hoje procura as agulhas do seu giradiscos portátil na bainha de um vestido rosa da moda. É muito feliz e gosta de sorrir.
Cláudia Köver

Tem os ensinamentos anglo-saxónicos cravados nas sardas e o amor às artes nas pontas dos dedos. O gosto pela manta das Relações Internacionais, adquirido pelos retalhos da herança familiar, consome-se nas almofadas do mestrado. Seguiu um coelho branco e calçou os saltos de jornalista EM que de momento lhe assentam os pés. Deixou pequenas pegadas nas páginas da “Pública”, da revista “Nós” do Jornal i, do Jornal Briefing e da televisão Arte. Incapaz de se manter fiel ao amor por um só par de sapatos, fez cursos em instituições europeias e teve aulas de representação em palco poeirento. Infelizmente, não teve dom para fazer dinheiro como viajante, mas soma este aos restantes vícios: desde a última tarde de 86 que não se inibe de sorrir e sonhar.
Inês Leão

Registada na bela freguesia de Mem Martins, Inês teve uma infância feliz, até ao dia que teve de abandonar o ballet por ter as pernas tortas (erro que nunca foi corrigido pelas botas ortopédicas ora azuis ora castanhas, que usou até tarde). Sempre gostou muito de desenhar, tendo como maiores influências os filmes clássicos da Disney, a Barbie e o seu pai. Quando teve de escolher a sua área optou por artes, por não ter matemática, não fazendo ideia que teria de gramar com geometria descritiva. É recém-chegada no design e o seu sonho é ser uma designer de sucesso, trabalhando a partir do seu iate privado na marina da Costa Nova, na Ria de Aveiro.
Nuno Miguel Guedes

Nuno Miguel Guedes nasceu em Lisboa em 1964. Jornalista, esteve no inicio de O Independente, de onde saiu em 1990 para a revista Kapa, de que foi co-fundador e co-afundador. Escreve para várias publicações e é colaborador pemanente da revista Visão (cultura) Letrista sempre que o deixam, guionista de televisão, bloguista, DJ ocasional, anglófilo, fanático da Académica e de livros. Nos tempos livres pratica o dry martini.
Pedro Rainho

Nasceu no iníco da década de 60, na vila de Sintra. Filho de família aristocrata, cedo forçou-se a desiludi-la. Aos 14 anos já estava ilegalmente no MRPP, onde foi companheiro de luta académica de Durão Barroso, na Faculdade de Direito. Mal acabou o curso viu nascer Abril e ingressou no jornalismo. Tornou-se barbudo e descobriu o fado, a monarquia e os touros. Por esses quatro motivos entrou com o Nuno Miguel Guedes no PPM e dedicou-se ao jornalismo como paquete de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso n'O Independente. Escreveu três ensaios sobre literatura russa medieval, traduzidos em mandarím e tchecheno. Deu aulas na Independente e consumiu marijuana com o comandante Zapata, durante uma fotoreportagem. Tudo isto é mentira - mas bem que podia ser verdade, não tivesse ele nascido na década de oitenta e ser um jovem jornalista precário. É o que dá ser novo.
Tomás Vasques

Advogado de profissão, não se deixou enclausurar em códigos e barras. Arrumado na prateleira da esquerda pela natureza das coisas, desenvolveu na juventude – ainda as mil águas de Abril não tinham chegado – gostos exóticos, onde se incluíam chineses, albaneses e charros alimados. Navegou por vários territórios: da pintura à América Latina, da escrita à actividade política. Gosta de rir, de cozinhar, de Roberto Bolaño, de amigos, cerveja e peixe fresco. Irrita-se com a intolerância e o autoritarismo. É agnóstico. Apesar da idade, ainda não perdeu o medo do escuro, do sobrenatural e das ditaduras.
 
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