e eu que dizia tão mal do Carlos Queiroz.
e eu que dizia tão mal do Carlos Queiroz.
«Apresente-se de imediato presidencialista para as presidenciais, dr. Lopes - isso, sim, seria um acto corajoso em vez da bravata infantil que tem vindo a alimentar com o folclore das "voltas" à la française como se o tempo estivesse para recreios politiqueiros ou esta treta periférica fosse a França. Sempre o PS no poder, pelo menos, seria o primeiro a saudar essa coragem, secundado pelo seu circunstancial candidato Alegre que precisa de outras vaidades pessoais de concurso com a sua. Explique, pois, claramente e sem azedumes passados por que é que Portugal o deve preferir, no momento grave que passa e no pior que se avizinha, ao actual Chefe de Estado. Isso, sim, é que seria "bonito". E, sobretudo, leal face a um "percurso" que tanto aprecia recordar.»
João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos
Gostei muito deste texto do João Gonçalves, bloguer polémico que admiro e que tenho a felicidade de conhecer. De facto Santana Lopes consegue colher simpatias e apoios de muitas pessoas que o admiram, mas que esperam que desta vez seja coerente com as suas opiniões, várias vezes expressadas nas últimas semanas, e avance com a sua candidatura à presidência da república. Eu apoio e votarei Fernando Nobre, mas tenho respeito, como sempre tive, por aqueles que em alturas de grande crise são capazes de agir e vincar uma posição - na política como na vida não basta falarmos.
Foi terrível a prestação de Portugal e por favor não me tentem convencer do contrário. Valeu Cristiano Ronaldo e pouco mais. Apenas mais uma nota, espero que Carlos Queiroz pense sinceramente em retirar Deco e Danny dos titulares, para trocar por Tiago e Simão, respectivamente. Quanto à restante equipa, por favor mostrem orgulho na camisola que trazem ao peito.
Sinto que já esqueci tudo aquilo que me afasta das escolhas de Carlos Queiroz. Já não quero saber porque razão ele decidiu pré-convocar o Zé Castro, o porquê de João Moutinho ter ficado de fora da convocatória, a razão pela qual o seleccionador continua a apostar em Simão e o motivo de Nani ter ido embora do mundial por ter contraído uma lesão que aparentemente se cura numa semana. Já nada disso interessa, agora somos todos selecção e somos todos vermelhos e verdes (bandeira da qual não gosto, mas que tem cores que se adaptam bem a um mundial realizado em África). Já nem me interessa o facto de termos três brasileiros na equipa titular, sendo que dois deles jogam no estrangeiro e que um deles em concreto (Deco) disse há pouco tempo que não quer ir para o Sporting porque gostava de acabar a carreira no seu país (Brasil).
Já sinto a medalhinha do Sto. António que trago ao peito a vibrar, já me estou a ver daqui a pouco na tasca aqui ao lado, no Poço do Bispo, a rezar aos anjinhos todos. É nestes momentos que sinto que o desporto é realmente algo de útil, algo que consegue unir uma nação que nunca esteve tão dividida politicamente e onde nunca houve tanta disparidade entre pobres e ricos.
Hoje somos todos Portugal. E sei que isto pode parecer ingénuo, ou até mesmo uma foleirada, mas EU ACREDITO.
Amanhã e durante uns tempos mais ninguém vai querer saber do desemprego, da crise, das portagens nas SCUT, do negócio PT / TVI, das suspeitas empatias entre Passos Coelho e José Sócrates, das candidaturas à presidência da república, do problema causado pelas eleições Belgas e até mesmo dos implantes mamários da Sarah Pallin. Todo o nosso cérebro estará reservado para uma bola.
"As medidas de apoio do governo à natalidade são positivas, mas insuficientes, defende um demógrafo, salientando que o ensino universal e gratuito a partir dos três anos faria mais pelo futuro do país do que o TGV ou um aeroporto."
Público