e eu que dizia tão mal do Carlos Queiroz.
e eu que dizia tão mal do Carlos Queiroz.
Sinto que já esqueci tudo aquilo que me afasta das escolhas de Carlos Queiroz. Já não quero saber porque razão ele decidiu pré-convocar o Zé Castro, o porquê de João Moutinho ter ficado de fora da convocatória, a razão pela qual o seleccionador continua a apostar em Simão e o motivo de Nani ter ido embora do mundial por ter contraído uma lesão que aparentemente se cura numa semana. Já nada disso interessa, agora somos todos selecção e somos todos vermelhos e verdes (bandeira da qual não gosto, mas que tem cores que se adaptam bem a um mundial realizado em África). Já nem me interessa o facto de termos três brasileiros na equipa titular, sendo que dois deles jogam no estrangeiro e que um deles em concreto (Deco) disse há pouco tempo que não quer ir para o Sporting porque gostava de acabar a carreira no seu país (Brasil).
Já sinto a medalhinha do Sto. António que trago ao peito a vibrar, já me estou a ver daqui a pouco na tasca aqui ao lado, no Poço do Bispo, a rezar aos anjinhos todos. É nestes momentos que sinto que o desporto é realmente algo de útil, algo que consegue unir uma nação que nunca esteve tão dividida politicamente e onde nunca houve tanta disparidade entre pobres e ricos.
Hoje somos todos Portugal. E sei que isto pode parecer ingénuo, ou até mesmo uma foleirada, mas EU ACREDITO.
dos maquinistas estão em greve. aposto que muita gente pensou, olha que chato hoje não consigo ir trabalhar e até dá jeito que joga a selecção. enfim...
Amanhã e durante uns tempos mais ninguém vai querer saber do desemprego, da crise, das portagens nas SCUT, do negócio PT / TVI, das suspeitas empatias entre Passos Coelho e José Sócrates, das candidaturas à presidência da república, do problema causado pelas eleições Belgas e até mesmo dos implantes mamários da Sarah Pallin. Todo o nosso cérebro estará reservado para uma bola.